12 dicas para lidar com os desafios da primeira gravidez e do puerpério
Mães e pais de primeira viagem se deparam com um mundo de mudanças e novidades. O conhecimento é fundamental para saber enfrentar essa fase.
Tempo estimado de leitura: 11 minutos e 30 segundos.
Assuntos abordados:
1. Bebê não gera felicidade automática.
2. Faça um bom pré-natal.
3. Cuide do seu corpo e da sua mente.
4. Entenda a depressão pós-parto.
5. Faça um plano de parto, mas não se prenda a ele.
6. Visite as maternidades.
7. Forme uma rede de apoio.
8. Bebês choram (e, às vezes, muito!).
9. Entenda a amamentação.
10. Divida os cuidados.
11. Mãe também é gente.
12. Prepare a sua casa.
A primeira gestação é um marco na vida da mulher. As mudanças no corpo são somadas a uma mistura de sentimentos que englobam angústias, dúvidas, felicidade e medos. Munir-se de informações essenciais sobre essa fase é um diferencial positivo àqueles que adentram no mundo da maternidade.
Para ajudar as mães e os pais de primeira viagem, conversamos com o ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília, Marcus Vinícius de Paula, elencando alguns pontos essenciais de reflexão e ação.
1. Bebê não gera felicidade automática
É preciso desromantizar a maternidade. Nem sempre a mulher se sente pronta para dar aquela pausa no crescimento profissional ou abrir mão de algumas liberdades. Também não é necessariamente ao saber da gravidez que o amor pelo filho toma conta da nova mãe. Essa será uma construção diária, ainda que, para algumas pessoas, o sentimento se aflore durante a gestação ou logo após o parto.
“Não caia na ditadura da felicidade. Gerar uma vida é fantástico, mas cada mulher reage de uma forma, seja por motivos psicológicos, profissionais ou pessoais. A sociedade, muitas vezes, pressiona as mães a sentirem uma alegria extremada por estarem grávidas ou por terem um bebê no colo, mas essa cobrança, às vezes, torna-se problemática. O importante é conduzir a gravidez de forma fluida e saudável, tanto para a mãe quanto para o bebê”, comenta o ginecologista.
2. Faça um bom pré-natal
Tão logo a gravidez for descoberta, a mulher deve procurar um ginecologista obstetra e dar início ao pré-natal. “É preciso esse acompanhamento constante para verificar a saúde da mãe e do bebê e prescrever os exames adequados ao período da gestação, bem como sanar todas as dúvidas dessa mãe”.
Durante a gravidez, que costuma durar entre 37 e 42 semanas, as consultas são mensais até a 32º semana, quinzenais entre a 32º e a 35º semana e semanais da 36º semana em diante. Um bom pré-natal evita doenças que afetam a mãe e o bebê, como pré-eclâmpsia, diabetes, anemia e infecção urinária.
Se não conhecer um profissional de confiança, procurar referências entre amigas ou mulheres que são mães ajuda na busca e na confiança.
3. Cuide do seu corpo e da sua mente
A gravidez causa algumas restrições em relação ao que comer, beber e a como se movimentar. Mas, exceto em alguns casos, restrição não é sinônimo de proibição. “Praticar exercícios regularmente sob supervisão médica, fazer o pré-natal adequadamente, ter uma alimentação balanceada, manter hábitos saudáveis que te dão prazer e relaxamento e não utilizar drogas lícitas e ilícitas são atitudes essenciais para uma gravidez saudável”, esclarece o dr. Marcus.
Caso deseje, existem produtos liberados na gravidez a fim de manter o cabelo, as unhas, a depilação e os cuidados com a pele em dia.
4. Entenda a depressão pós-parto
Embora maternidade rime com felicidade, nem sempre elas andam de mãos dadas. A ideia de que um filho preenche uma mulher ou um homem pode gerar ansiedade e medo de frustrar a expectativa de alegria plena, tanto por parte das mães quanto dos pais. Essa pressão, somada a questões pessoais e genéticas, algumas vezes desencadeia a depressão pós-parto ou, em escala de intensidade menor, o blues puerperal.
Uma pesquisa da Fiocruz aponta que uma em cada quatro mães tem essa depressão. Segundo o estudo, a doença acomete cerca de 15% das mulheres durante a gestação ou o pós-parto, sendo que 40% são diagnosticadas somente após o nascimento do bebê.
Por não encontrarem acalento entre os próximos e na sociedade como um todo, muitas mulheres sofrem caladas de tristeza e apresentam mudanças bruscas de humor, sensação de incapacidade, ideias suicidas e mal-estar físico. Mas é importante saber que, caso ocorra, ela é tratável com acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
Leia mais sobre depressão pós-parto e baby blues.
5. Faça um plano de parto, mas não se prenda a ele
O plano de parto é um documento planejado pela gestante que lista preferências, como a opção pelo parto normal ou cesárea, se desejará analgesia (no caso do parto normal), quem será o seu ou a sua acompanhante, se terá uma doula ou até mesmo a posição em que deseja parir.
“No entanto, embora o respeito ao desejo materno seja sempre levado em consideração, é importante que ela saiba que essas preferências demandam alterações, caso a saúde dela e/ou do bebê estejam em risco”, ressalta o obstetra.
6. Visite as maternidades
Para escolher a maternidade, é importante conhecê-la melhor. Liste os itens essenciais que influenciarão na seleção. Veja também se elas oferecem cursos para gestantes e acompanhantes.
A Maternidade Brasília, por exemplo, além da visita guiada, dispõe de cursos online voltados aos casais grávidos e avós, a fim de muni-los de informações importantes sobre a chegada do bebê e a recém-mãe.
7. Forme uma rede de apoio
Entenda que ninguém é uma ilha e que não existe uma pessoa sequer neste mundo que dê conta de absolutamente tudo sozinha. Por isso, desde a gravidez, é importante entender que não existe vergonha em pedir ajuda e aceitá-la da maneira que vier. Ter uma rede de apoio é fundamental para a mulher, seja ela composta por pessoas da família, seja por amigos, vizinhos ou grupos de mães. Conte com essa parceria da gravidez até o pós-parto e, especialmente, conforme o bebê ou a criança cresça.
8. Bebês choram (e, às vezes, muito!)
O choro é a única forma de comunicação que o bebê conhece. No entanto, muitas mães e muitos pais de primeira viagem não sabem disso e associam o choro constante à dor, fome ou algo mais grave. Frequentemente essa é a linguagem dele para comunicar que está sentindo sono, calor, frio, tédio ou apenas com vontade de ganhar um colinho.
Imagine que ele saiu do aconchego do útero e, agora, tem um mundo novo de estímulos e perigos. Isso pode ser bastante estressante ao pequeno. Assim, dê bastante colo e não hesite em pedir ajuda se precisar de outros braços.
9. Entenda a amamentação
Algumas mulheres não têm grandes problemas no início da amamentação. Já outras sentem dor, ficam com o peito empedrado, desenvolvem fissuras e feridas nos seios. É importante informar-se sobre a pega correta na amamentação com profissionais, por meio de leituras ou em bancos de leite públicos, que fornecem gratuitamente essa orientação. Há ainda a opção de consultorias privadas com especialistas no tema. Lembre-se: conhecimento é poder!
“Vale ressaltar que a amamentação deve ser em livre demanda. A mãe não precisa restringir os horários das mamadas. O leite materno deve ser oferecido sempre que o bebê demandar. Isso vai ser bom para o bebê e tira dela o peso de estar dando leite demais ou de menos”, frisa o obstetra da Maternidade Brasília.
Em caso de aleitamento artificial, sim, o número de mamadeiras deve ser regulado.
10. Divida os cuidados
Se você tiver alguém com quem compartilhar as tarefas, faça isso! É importante que seja uma divisão justa e igualitária desde a gestação, como a montagem do enxoval, a organização do novo quarto e o planejamento do chá de bebê. No puerpério, envolva o seu companheiro ou companheira na rotina diária, como a troca de fraldas, o banho e a hora de dormir. Portanto, estimule isso já na gravidez para não gerar sobrecarga na mãe e, também, fortalecer os laços com o bebê.
Se o aleitamento for exclusivamente pelo seio materno, a outra pessoa pode compensar de maneiras diferentes, por exemplo, cozinhando para a mãe ou arrumando a casa enquanto ela amamenta.
11. Mãe também é gente
Se qualquer ser humano está passível de erro, imagine a mãe e o pai de primeira viagem. Portanto, não se cobre uma perfeição inexistente. Aceite os erros e aprenda com eles.
Por mais suporte que os pais tenham, eles vão errar, especialmente nos primeiros meses após o nascimento. E esses erros são responsáveis pelo amadurecimento e entendimento do melhor caminho a ser seguido. Não existe fórmula mágica, tampouco infalível.
Portanto, chore se sentir vontade, não tenha medo nem se culpe por errar e peça ajuda sempre que precisar. A maternidade/paternidade é quase sempre um desafio, mas, com informação e autoconhecimento, é possível encará-la de forma mais leve.
12. Prepare a sua casa
Preocupar-se com os pormenores do enxoval e do quartinho do bebê é gostoso e necessário, mas também é importante adaptar o seu lar para a chegada dos pequenos.
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