Meu filho caiu de cabeça no chão, o que devo fazer?
Mesmo que não haja traumas aparentes no momento do acidente, lesões mais graves requerem avaliação médica
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Assuntos abordados:
- Queda
- Acidentes domésticos
- Trauma craniano
- Pronto Socorro
A infância é uma fase repleta de aventuras, descobertas e brincadeiras que podem resultar em cortes, quedas, choques ou queimaduras. E uma das maiores angústias de quem tem criança em casa são os acidentes domésticos. Se o seu filho já bateu com a cabeça no chão, você sabe que a preocupação imediata é se devemos levá-lo ao Pronto Atendimento ou se é melhor ligar para o pediatra que já o acompanha. E como nem sempre os traumas se apresentam a olho nu, são comuns as dúvidas sobre a necessidade de levar os pequenos ao médico quando esses imprevistos acontecem.
O cirurgião do Trauma do Hospital Brasília/Dasa, Rodrigo Rocha, esclarece que nem todas as quedas requerem avaliação médica de emergência, pois grande parte dos traumas na cabeça são triviais, com baixa energia. Nessas situações, quando surge o famoso “galo”, basta usar uma bolsa de gelo para que o inchaço diminua. “Porém é sempre bom ficar atento, pois vômitos, convulsão, desmaio, sonolência fora do habitual demandam avaliação de equipe médica”, ressalta Rocha.
Ao vivenciar um incidente como esse, os pais se preocupam se há problema em deixar os filhos dormirem. Segundo Rocha, o ideal é que, nas horas seguintes ao trauma, se observe o comportamento da criança acordada. Isso porque se dormir, não se saberá se a criança está apenas em sono profundo ou desmaiada. “Mesmo que raramente, náuseas e vômito são sinais de alerta, pois podem indicar um trauma grave”, alerta o cirurgião.
Meu filho caiu e bateu a cabeça: quando devo me preocupar?
Quedas e pancadas que envolvem crianças menores de 2 anos exigem mais atenção, pois nesse período os ossos do crânio ainda são frágeis e o impacto pode causar traumatismo craniano grave . Aspectos a serem observados, independentemente da idade, são:
- Quedas de uma altura superior a um metro
- Sonolência
- Desmaio
- Perda de memória
- Dor de cabeça intensa e persistente
- Falta de ar
- Cianose (extremidades roxas)
- Cortes
Se houver algum desses sintomas, não hesite em levar seu filho para avaliação em uma unidade de urgência. “Após essa avaliação, é interessante entrar em contato com o pediatra da criança para deixá-lo a par da situação”, explica Rodrigo Rocha.
Acidentes domésticos com crianças: como evitar?
Naturalmente crianças sofrem arranhões e quedas, visto que essa é uma fase de muita curiosidade, aprendizagem e exploração do ambiente, comportamentos fundamentais para o desenvolvimento. Confira medidas que podem prevenir quadros mais sérios:
- Instale redes de proteção em janelas e sacadas;
- Evite encerar o piso e privilegie o uso de tapetes antiderrapantes;
- Proteja as tomadas;
- Ao cozinhar, deixe o cabo da panela virado para o fogão;
- Guarde os medicamentos em um local seguro, longe do alcance das crianças;
- O mesmo vale para produtos de limpeza e perfume;
- Instale portões de segurança em escadas e piscinas.
Orientações adicionais com foco nos bebês é evitar que eles fiquem sozinhos em cima da cama, não colocar o bebê conforto em cima de bancadas, além de supervisionar os pequenos quando estiverem em superfícies altas, como na cadeira de alimentação ou no carrinho.
Apesar de ser muito popular entre os pais, o uso do andador não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, devido ao grande risco de quedas graves. No caso de quedas, queimaduras ou outro tipo de trauma com maior gravidade, é necessário buscar atendimento médico imediatamente.
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* Com informações de Maternidade Brasília
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