Pai, cadê você?
Texto autoral de uma mãe da rede Espichei
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 3 minutos
Assuntos abordados:
– Ausência dos pais
– Obrigações de pai e mãe
– Ser um bom pai
– Pai presente e protagonista
Um dia desses, enquanto ia à padaria junto com minha filha, observei como outra mãe andava de forma pesada, visivelmente cansada, enquanto segurava uma das mãos de seu filhinho, que, chuto eu, devia ter entre 4 e 5 anos. Imediatamente, me perguntei por onde andaria o pai daquela criança.
Eu não sei nada sobre aquele núcleo familiar específico, mas o repertório que criei em minha mente se solidificou com o que percebo de praxe. É no parquinho; na entrada ou saída da escola; nas atividades diárias das crianças; na sala de espera de médicos e emergências hospitalares; entre outros mil cenários e situações: as crianças estão majoritariamente acompanhadas – e sendo obrigação – de mães.
Pais, por onde vocês andam? Por que não têm se feito mais presentes? Eu peço licença aos homens que exercem paternidade ativa e fazem questão de serem constantes na vida dos filhos. Não vou lhes dar parabéns, pois não vejo mulheres sendo parabenizadas diariamente por fazerem os deveres básicos ao cuidar de filhos, mas vou agradecer por serem exceção numa regra da sociedade que é injusta e que exclui e exaure muitas mães.
Lembro de que, quando minha filha nasceu, muitas pessoas exaltavam a atuação de meu companheiro como pai. Diziam que era um paizão porque dava banho, trocava fraldas, fazia brincadeiras, entre outras atividades tão ordinariamente comuns na vida de qualquer mãe. Meu marido sempre foi paizão, é fato. Mas o que lhe determina esse posto é o fato de que sempre se fez presente, sem me abandonar, e deu todo o amor possível ao fruto de nosso enlace.
Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) indicam que quase 100 mil crianças nascidas em 2021 não têm o nome do pai no registro civil. Mas, para além destas que sequer são reconhecidas por seus progenitores, há aquelas que possuem o registro paterno, mas não recebem, de fato, a dedicação de um pai no dia a dia de suas vidas.
Mãe é mãe e todos nós sabemos o peso que essa figura tem na evolução de um ser humano, até o último dia de sua vida. Mas por que não ressaltar a importância de crescer com a bênção – talvez, sorte – de contar com ambos, pai e mãe, ali? Não importa se juntos em matrimônio ou separados, apenas constantes, contundentes, preenchendo.
Homem pode, e deve, desempenhar todas as tarefas que mulheres realizam no cuidado com o ser que gerou. Isso nunca, jamais, esbarrará no quão másculo esse ser é e em como performará diante de uma companheira, se assim a configuração for. Ainda bem que há muitos pais que já se mostram protagonistas no fluxo da criação da cria, isso me alivia e alegra. Mas a realidade está bem distante desse cenário e precisaremos continuar falando sobre ela para que possamos atingir cada vez mais consciências.
Um bom presente para o seu filho é um futuro financeiro garantido
Uma reserva financeira garante um futuro mais tranquilo ao seu filho. Isso ajudará na realização de diversos sonhos. Saiba mais aqui.
Conteúdos relacionados:
7 informações que você precisa saber sobre licença-paternidade
Masculinidade e o papel dos pais contemporâneos
Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
Gosta deste tipo de conteúdo? Então, assine a newsletter e não perca nenhum texto!
Voltarao Topo